Olhos
É nesse teu tão fixo e objetivo olhar que me perco como em um vasto oceano marrom acrílico. Claros olhos que transparecem o ser, tão fortes, menosprezam qualquer conhecimento. Tão firmes, passam toda a segurança que há na severidade. Simples o suficiente para dispensar todo e qualquer adjetivo. Complexos o suficiente para se tornarem mais um questionamento textual.
Forma paradoxal para uma bela. Paradoxal sim, pois “belos” para os teus é uma afronta...
“Inadjetiváveis.”
Olhar simples e singular (o bastante para ser complexado).
Penumbra reflete na noite “cheia-de-lua”.
Reflexos ao “sol-de-dia”.
Penetrantes. Não importa a iluminação do ambiente.
Vidros castanhos e foscos por trás de um olhar cerrado e severo.
E eu continuo a me banhar nesse oceano acrílico. Implorando por uma ressaca em que eu seja sua única vítima oportunista.
Continuarei apreciando o mar... Esperando o nadador ser presenteado com águas calmas ou errantes...
Olharei o pôr-do-sol as suas costas.
Muito sol. São meros óculos escuros...
Franklin de Oliveira Barreto
Fonte: http://www.imagevisiondesign.com/forum/viewtopic.php?f=9&t=33283&sid=2f3d61eb6bb93b976c0a740ce09d3641
Mais poesias de Franklin acesse: http://tiriuma.blogspot.com/
Postado por <<< NandO >>>
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